quinta-feira, 31 de maio de 2012

volutas

envolvolto
voltoalto
caiofraga
evôo

envolvolto
aoconceito
decaptar
edeixo

envolvolto
aodesfeito
conceito
detudo

envolvolto
extudo
exnada
sembraço
nomarbragado

envolvolto
extrudente
mordaça
emabandono

calhalargar
ancora
nospés
descalços

envolvolto
aofundo
domar
evôo

quarta-feira, 30 de maio de 2012

um seixo saltando de um fundo de rio: um meu coração. ser feito de pedra é um nenhum detalhe.

domingo, 27 de maio de 2012

e.t.

as conjunções exigem
desesperaram enquanto aglutinam
os verbos atropelam
sujeitos e predicados
acumulados poesia
abaixo

a linha desce
   desalinha

e o e
solicita
e o e
quer
verso mais
novo verso
novo  mais
verso novo
e's e mais e's
despertos por
vontades d_ ser

outra coisa nova
de ser outra coisa nova diferente
de ser outra coisa nova diferente revolucionária
de ser outra coisa nova diferente revolucionária irreverente
de ser outra coisa nova diferente revolucionária irreverente plural
de ser outra coisa nova diferente revolucionária irreverente plural inteligente
e ser e outra e coisa e nova e diferente e revolucionária e irreverente e plural e inteligente e


perturbadora das diferenças
não se deixa à vontade para ser sem
e ser ainda assim

poesia acima
sujeitos e predicados
atropelam os verbos
aglutinam enquanto desesperam
exigem conjunções

parecem desperceber
planificar a linha
que quer subir e descer
deixar os vãos do branco
fazer à letra diferença

a vírgula antipática
triunfa
já que o ponto alinhavado e
não conseguem ser no presente
aí o que é pra ser sempre,

segunda-feira, 21 de maio de 2012

ininoculável

para alguns tipos de idiomiopia
não há correção ocular
tenta-se e destenta-se
como um diabo
e nada se vê
porque nada há para se ver

não há desfoque,
porque a mira e o ponto
são outros
e nunca quando
aí é que está
está aí o que estaria

dar corda
e encordoar
tocar
acanção
de outro

operar vistas
e ideais
de jeito desjeitoso
olhar de novo
qual criança desgarrada
dos conceitos maternos
e paternos: infernais
divertidos e liberados
para cavar até
até o não poder
o não poder mais

quinta-feira, 3 de maio de 2012

a.r.

A comunicação é certa, a justificativa é justa.
Dizer tudo e tanto, pouco ou nada custa.
Enquanto houver controle e argumentos,
não importa o que aos sentimentos melhor se ajusta.

Se desviar for o problema,
na cara, então, por favor, cuspa.
Esse é o método, fundamento que não funda
e na primeira aporia nunca

Querer é tanto a verdade quando o poder,
o jeito é castrar os que lutam pela vida e pela retórica,
que decolam palavra por palavra,
lavram caminho, travam batalha.

A comunicação incerta, a justificativa injusta -
nada dizem, senão, o que aos interesses do ego algo custa.
Peça licença à Alexandre, pois é no sol se iluminam as idéias
que na sombra domadas são pelo bem do demasiado H
com maiúscula,