À minha mãe e à nossa poesia de todos os dias
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Melhor conselho
sábado, 26 de novembro de 2011
.χάος
rouba pra si diversos e variados sentidos foge com
os amores para os cantos de seus sons imerge entre fonemas e línguas que,
se não se imiscuem, se beijam, se abraçam e trepam no fim da noite imita
homens e mulheres no que eles tem de pior*¹tem
fôlegos e distâncias percorridas das mais diversas denota a mais pueril das
contas quando soma e diz: dois conota multiplicações incríveis equivoca-se ambígua-se tortura o interlocutor
odeia e adora imperativa todos os sentimentos anula tudo a
todo tempo escorrega entre as gotas de lágrima e de chuva escorre
da calha 'avacalha meus amores' pede mais uma diz fim de
noite clama lamenta injuria enerva inflama
mata publica sem pudor indecências pudicas esconde o que não tem
verbo dá a vez não grita geme sorri zombeteia margeia diz do indizível
esvazia o absoluto expreme a impossibilidade do impossível
nega a tristeza sem experimentar alegria firma a felicidade com hora pra acabar ouve cheira come bebe toca vê
escuta ilustra imagina entorta o reto alinha nas estrias vive de
sol nas cavernas perfuma as ruas atiça a peãozada balança
sempre balança no exílio, todo ponto singular é
infinito, pois, redondo,*²não encontra outro ponto no qual se ancorar no
exílio, todo ponto é vírgula, potência do não parar no exílio,
reina sem reino na nobreza de seu sentimento ilimitado, múltiplo e gigante roda dança faz do branco, cinema manipula ri existe e não precisa o dizer
* .Khaos
*¹e, talvez, no que tenham de melhor
*² o redondo é a redundância que fala ao infinito
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Ensaio sem amor de uma frase sobre amor.
Amor, há amores sim.
Todos os amores.
O amor é estado não-coisa amor é pra ser sentido de
vezes diferentes por isso vai e volta.
Não se repete.
Amor
de ter e ser. E de não ter e ser.
Há
amores sim, todos os amores somos amores
Ter
e ser amor, não ter e ser amor, continuemos.
Amor é pura cisma.
domingo, 20 de novembro de 2011
Mas
Eu escrevo com vermelho sobre o vermelho
Risco o chão negro com carvão
E fito o céu azul dentro de teus olhos
Fotográfo-me dentro do espelho
Sigo a reta de uma rota incerta
E ladro mais forte que um cão
Mas quando te tenho
Risco o chão negro com vermelho
E escrevo com vermelho sobre o carvão
Eu me fotografo dentro de teus olhos
E fito o céu azul dentro do espelho
Ladro forte numa rota incerta
E sigo a reta feito um cão
Quando te tenho, mas...
Risco o chão negro com carvão
E fito o céu azul dentro de teus olhos
Fotográfo-me dentro do espelho
Sigo a reta de uma rota incerta
E ladro mais forte que um cão
Mas quando te tenho
Risco o chão negro com vermelho
E escrevo com vermelho sobre o carvão
Eu me fotografo dentro de teus olhos
E fito o céu azul dentro do espelho
Ladro forte numa rota incerta
E sigo a reta feito um cão
Quando te tenho, mas...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
nadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadandanadoanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadandanadoanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadandanadoanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanada
Coesão
Pigarro na garganta. Ele tinha placas de trânsito. Ela, mamões de gripe. Não havia silêncio. Não havia tempo. Sempre havia discurso. Sempre havia razão. Ele não tinha documento. Ela batia carteira. Não havia trânsito, não havia tráfego. Sempre havia fluxo. Sempre havia movimento. Ele tinha ritmo. Ela tinha notas. Não havia gosto. Não havia sabor. Satisfação dos bem nutridos. Cigarro na garganta.
Ele separa dois. Ela reunia-os. Eles disseminavam. Não havia nada. Havia tudo. Sempre a mesma coisa. Sempre a mesma coisa. Ele fazia ruídos. Ela música. Eles acordavam. Sono, muito sono. Consono dois, dissono três. Agressão aguda. Acolhimento grave. Ritmos disrrítmicos. Ele e ela e eles, uma banalidade. Pigarro na garganta, cigarro na boca.
Os olhos mentiam para as palavras, lidas e enganadas pelo sentido. Tantas letras. Um desperdício sem exclamação expressa. Os olhos mentiam para os dedos, escritores compulsivos de devaneios: fantasie, fantasie, fantasie. Não exclame. Poucas vírgulas, poucos infinitos, dúvidas em ponto. Ele ia saltar. Ela suicida. Os olhos mentem sem pronome e eram os olhos que fumavam. Cigarra na boca, esquizofrenia na garganta. Risco de fósforo acende pólvora.
É em um deserto que algo coeso insiste e desiste nascer no arenoso movediço do som. Uma convulsão calculada.
Ele separa dois. Ela reunia-os. Eles disseminavam. Não havia nada. Havia tudo. Sempre a mesma coisa. Sempre a mesma coisa. Ele fazia ruídos. Ela música. Eles acordavam. Sono, muito sono. Consono dois, dissono três. Agressão aguda. Acolhimento grave. Ritmos disrrítmicos. Ele e ela e eles, uma banalidade. Pigarro na garganta, cigarro na boca.
Os olhos mentiam para as palavras, lidas e enganadas pelo sentido. Tantas letras. Um desperdício sem exclamação expressa. Os olhos mentiam para os dedos, escritores compulsivos de devaneios: fantasie, fantasie, fantasie. Não exclame. Poucas vírgulas, poucos infinitos, dúvidas em ponto. Ele ia saltar. Ela suicida. Os olhos mentem sem pronome e eram os olhos que fumavam. Cigarra na boca, esquizofrenia na garganta. Risco de fósforo acende pólvora.
É em um deserto que algo coeso insiste e desiste nascer no arenoso movediço do som. Uma convulsão calculada.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
od(nu)m
via
mim
nu mundo
via
mundo
ni mim
ia
inmundo
nu fundo
eunfim
[ ounu mu(n)do continuumsendo foimuitomundomesmo semmim]
domingo, 13 de novembro de 2011
O pirata Gonçalves
Ofereceu-me a mão esquerda
ao aperto tranqüilo de amigo.
Sempre sorríamos
das coisas prosaicas,
dos conteúdos densos,
dos conteúdos densos,
com os moços e as moças que passavam
no corredor.
Ele ensinava a cada um a
no corredor.
Ele ensinava a cada um a
emoção do instante mais cotidiano:
as reuniões eram superaventuras;
as aulas, odisséias filosóficas;
as provas, a destruição dos asteróides;
as escadas, o espaço infinito
que nunca o apavorava.
que nunca o apavorava.
Sim, ele era o canhoto mais
direito que conheci.
Ah! Só tem mais uma coisa,
Ah! Só tem mais uma coisa,
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
hamar
O mar aumenta
o amor desorienta
O amar aumenta
o mardesorienta
O mar aumenta
o amordesorienta
O amar aumenta
o mardesorienta
O mar aumenta
o amordesorienta
O amar aumenta
o mardesorienta
O
aumenta mar
desorienta o amar
o
amar aumenta
O
desorientar no mar,
O desorientar
o mar,
o mar,
O
desorientar no amar,
terça-feira, 1 de novembro de 2011
>xplorer
Carol gosta de fabricar bolos. De vários sabores, várias combinações; Carol improvisa: novidades. O último que ela fabricou, por exemplo, não tinha leite, pôs iogurte; não tinha um trem, pôs outro no lugar - não costuma respeitar receita, outramente, inventa-s. Anda no descobrir. Filozofa. Daí que um tal menino criança, que entrou na casa da Carol e percebeu aquilo, chamou a Carol de “pirata do bolo”. Vê.
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