comªmor
quinta-feira, 25 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
fálicas
a realidade
sempre dá o bocejo zero do meu sono
ao se mostrar
maior que qualquer sonho.
por isso mesmo
se volta a convite de sonho,
medonho,
e qualquer
(sempre é um sonho qualquer),
a dar o prazer da entrega de uma vida a uma nulidade.
não queira sonhar
queira sonhar:
ordens da bigamia do juízo imperfeito
nego-não-nego
e ontem
estive com meu-bem-querer-mal-me-quer
a me dar as flores de corrosão
do romantismo heroico às avessas:
aquele que quer
indo embora.
e eu quis
a última transa pra doer
e depois desamar mais
amando mais
mas nem isso.
hj o dia é de música diferente:
tenho nada
e quero, sabendo que é nada de novo,
o novo.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
no vazio
pleno de teus fios
não encontro alvideia.
toda curva retilineia-se.
eu: um sem serifa
desvirgulado
na ausência de ti
te escrevo lenta
e sonolongamente
como se pós-adormecido
por coisa de alguns anos
não me sentisse
nem me pusesse rijo
para sair trançando-te
em detalhes líricos.
não sei onde deixei a caixa
aquela com os inutensílios
que pontualmente eu usava
para te destornear
te deixar assim mais suja
em retalhos e linhas cortadas
insubordinadas ao corte textural.
um tudo aqui
que soa negação.
um inóspito recanto de nada
que só impele o retear
e o abandono ao meio
do tecido turvo
que se impõe
incapaz de cosê-lo.
pleno de teus fios
não encontro alvideia.
toda curva retilineia-se.
eu: um sem serifa
desvirgulado
na ausência de ti
te escrevo lenta
e sonolongamente
como se pós-adormecido
por coisa de alguns anos
não me sentisse
nem me pusesse rijo
para sair trançando-te
em detalhes líricos.
não sei onde deixei a caixa
aquela com os inutensílios
que pontualmente eu usava
para te destornear
te deixar assim mais suja
em retalhos e linhas cortadas
insubordinadas ao corte textural.
um tudo aqui
que soa negação.
um inóspito recanto de nada
que só impele o retear
e o abandono ao meio
do tecido turvo
que se impõe
incapaz de cosê-lo.
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