rouba pra si diversos e variados sentidos foge com
os amores para os cantos de seus sons imerge entre fonemas e línguas que,
se não se imiscuem, se beijam, se abraçam e trepam no fim da noite imita
homens e mulheres no que eles tem de pior*¹tem
fôlegos e distâncias percorridas das mais diversas denota a mais pueril das
contas quando soma e diz: dois conota multiplicações incríveis equivoca-se ambígua-se tortura o interlocutor
odeia e adora imperativa todos os sentimentos anula tudo a
todo tempo escorrega entre as gotas de lágrima e de chuva escorre
da calha 'avacalha meus amores' pede mais uma diz fim de
noite clama lamenta injuria enerva inflama
mata publica sem pudor indecências pudicas esconde o que não tem
verbo dá a vez não grita geme sorri zombeteia margeia diz do indizível
esvazia o absoluto expreme a impossibilidade do impossível
nega a tristeza sem experimentar alegria firma a felicidade com hora pra acabar ouve cheira come bebe toca vê
escuta ilustra imagina entorta o reto alinha nas estrias vive de
sol nas cavernas perfuma as ruas atiça a peãozada balança
sempre balança no exílio, todo ponto singular é
infinito, pois, redondo,*²não encontra outro ponto no qual se ancorar no
exílio, todo ponto é vírgula, potência do não parar no exílio,
reina sem reino na nobreza de seu sentimento ilimitado, múltiplo e gigante roda dança faz do branco, cinema manipula ri existe e não precisa o dizer
* .Khaos
*¹e, talvez, no que tenham de melhor
*² o redondo é a redundância que fala ao infinito
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