sábado, 26 de novembro de 2011

.χάος

rouba pra si diversos e variados sentidos  foge com os amores para os cantos de seus sons  imerge entre fonemas e línguas que, se não se imiscuem, se beijam, se abraçam e trepam no fim da noite  imita homens e mulheres no que eles tem de piortem fôlegos e distâncias percorridas das mais diversas  denota a mais pueril das contas quando soma e diz: dois  conota multiplicações incríveis  equivoca-se  ambígua-se  tortura o interlocutor  odeia e adora  imperativa todos os sentimentos  anula tudo a todo tempo  escorrega entre as gotas de lágrima e de chuva  escorre da calha  'avacalha meus amores'  pede mais uma  diz fim de noite  clama  lamenta  injuria  enerva  inflama  mata  publica sem pudor indecências pudicas  esconde o que não tem verbo  dá a vez  não grita  geme  sorri  zombeteia  margeia  diz do indizível  esvazia o absoluto  expreme a impossibilidade do impossível  nega a tristeza sem experimentar alegria  firma a felicidade com hora pra acabar  ouve  cheira  come  bebe  toca  vê  escuta  ilustra  imagina  entorta o reto  alinha nas estrias  vive de sol nas cavernas  perfuma as ruas  atiça a peãozada  balança sempre  balança  no exílio, todo ponto singular é infinito, pois, redondo,não encontra outro ponto no qual se ancorar  no exílio, todo ponto é vírgula,  potência do não parar   no exílio, reina sem reino na nobreza de seu sentimento ilimitado, múltiplo e gigante  roda  dança   faz do branco, cinema  manipula  ri  existe e não precisa o dizer



* .Khaos
*¹e, talvez, no que tenham de melhor 
*² o redondo é a redundância que fala ao infinito

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