domingo, 20 de novembro de 2011

Mas

Eu escrevo com vermelho sobre o vermelho
Risco o chão negro com carvão
E fito o céu azul dentro de teus olhos

Fotográfo-me dentro do espelho
Sigo a reta de uma rota incerta
E ladro mais forte que um cão

Mas quando te tenho
Risco o chão negro com vermelho
E escrevo com vermelho sobre o carvão

Eu me fotografo dentro de teus olhos
E fito o céu azul dentro do espelho
Ladro forte numa rota incerta
E sigo a reta feito um cão
Quando te tenho, mas...

Um comentário:

  1. A vibração contínua, na fuga alucinada, ele ladra, diz: mas...

    o ruído agudo das reticências roe meu ouvido como arco no metal.

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