mundo com luz avessa,
travessa,
sapeca,
Era a vírgula.
espaço entre e eterno
a pontuar movimento
pontuando não-ponto
Sob a fita crepe
sustentava azul
espelhava qualquer cinza
no seu interior
se era cor,
se era alguém,
se era, brilhava
e neste brilho de constelações
n'um rosto e n'um mundo
rolava entre utopias desfocadas
pulava entre andaimes abandonados
a correr
vergalhões no concreto
por tapumes
indiscretos entre
vigas e madeiras
sempre
o risco de cair
sofre
e era tanto atrito.
os vetores covardes
infringem-na a agir na inércia:
gravidade
no espaço infinito
ela consola o silêncio eterno.
induz-nos a uma oportunidade
- afirmar a precariedade
de alguma existência,
"ela consola o silêncio eterno"
ResponderExcluirpoesia de cinco palavras...gravei. :)
Álvaro de Campos diria: " Vem, Noite antiquíssima e idêntica,"
tem alguma coisa da menina transverça derramado aqui; um odor do suor dela, talvez... e é lindo e bom o seu cheiro. bonito esse!
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