longos,
incessantes e
de várias naturezas,
ensinam que não é só o mar
capaz de preencher todas
as frequências Ensinam que
o silêncio é negritude
inalcansável e só
a proximidade dele já
muita coisa ensina
Ensinam sem dizer com palavras
e parece que não se aprende Ensinam
sem o poder errar
Enquanto colonizam
os graves, segue-se
a potência de alguns:
incessantes, centrais, potentes
Simultâneos agudos atacam,
se apoderam de faculdades cognitivas
e não há mandato
Os espaços dos outros serão, doravante,
dos que menos se afetam
Nesse xadrez incessante entre os tons
jogam-se nas cinzas os detalhes
Os motores rugem
como cavalos e bispos
são a correr das rodas
e a rainha se perde no furor
a querer rasgar o tabuleiro
Cansado de ficções
foram tomar rum com os peões
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