A passo largo
Um pouco frouxo
Mas bem desperto
Ao seu tempêro
Das vagas ouço
Um gesto imenso:
Entre dois pontos
Se instala o vento
E, quando largo
Não mais reflete
Morre o Rei
Morre o valete
Sólida, crua
Suave e lisa
Num gesto largo
Se afirma a brisa
E Larga, lenta
Vaga rosa
Perpétua seiva
Sorri a ninfa
Longínquo agora,
No fora, o mais íntimo
Real se elabora
Real se elabora
Eu Sístolo: diástolo
É ínfimo, meu solo
É ínfimo, meu solo
Ótium, otárium!
remeça pelo avesso
as valias de um progresso
Ecce tempo:
Mais, não tenho
Capta o largo, anda, mento,
Moderados
Olhos de bruxo -
O tempo é um luxo
Entre as divindades dos nossos dias - o fetiche, o consumo, a fantasia, a imaginação - o tempo esconde-se no panteão. E quando, há vontade de mostrar-lhe a face, a face do tempo desfaz-se nas mãos que escolhem as letras e os números. E morando no secreto/sagrado/sobrado humilde do agora, ele vai luxuoso, ditando trocadilos .
ResponderExcluirO tempo é o pai de todos os luxos e o único luxo que nunca se esgota, que se preserva ao destruir as suas particularidades - as suas pequenas mônodas ônticas-antropológicas que investigam a sua possível existência.
Perda de tempo,
Sim o tempo é puro luxo!
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