sábado, 29 de setembro de 2012

silêncio ou quando não ainda

numa dessas fendas que a pedra corta em minhas costas
eu passo a noite virado
enquanto o amor de jesus esmaga meu esqueleto íntimo
e falta de palavra nova
me desampara

é só pedro que me abrasa e me socorre
com seu beijo apenas querido

a noite vaza entre os montulhos de pedra
depois da brusca trovoada
como saísse pela porta em trinta ou mil faíscas

estou desacordado, profundo,
abandonado; muito bem tarde
é que novamente me desperta com um sorriso imaginado

e me enfeita de pecados
cada par jamais sonhado
tudo muito raro, umas coisas novas

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