nada muda e nada vai mudar
enquanto longe
dos papéis em branco
quiser buscar um coração
o peito bate
entre letras
sem papel algum
as mãos transpiram
suspensas
os olhos procuram
a sede trai
os versos mirram
e só
quando aparece amor
o corpo permite-se
inverso de si
dilata-se
encontrando seu lugar
o sol nas janelas
e a alegria intransitiva
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