sábado, 3 de dezembro de 2011

ri_o a _ual_uer _ora


um carnaval
todo tempo.
cornetavam saídas
blocos nas ruas
alardes de luz
nus nos carros
alegóricos do trânsito
parado.
roncava
o que não era cuíca
rodava
sem som de pandeiro
um pouco fluxo
e nenhuma condução.
sinal verde para entrar
na avenida.
aceleram motores
freiam ouvidos
e ninguém escuta mais
o peito que bate no peito
da frente.
problema de tráfego
engarrafamento
descompasso constituinte
ponte de safena 
incorporação de ritmos
acelerantes.
mão única,
martelo incansável sobre bigorna,
esculturas de concreto, metal e aço,
muito aço.
ânsia de cerveja
de vômito
de festa.
larga pista central
deixa os amores passarem
e chegarem.
faz chover, faz
assim os elefantes se acomodam
e todos dormem melhor
quando o céu chora
as cinzas da quarta feira.

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