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maritacas, chineses e humanos
tomam conta do mundo
por uma simples questão de preservação
da espécie.
impossível discordar que existem mais
coisas a serem explicadas.
há três leis da física,
algumas regras da gramática e
pouca vida na teoria quando
os olhos que miram não
acertam os bons acidentes.
os bons acidentes tem a
peculiaridade incrível de serem
más coisas bem feitas.
os homens não aprendem sem
a contingência, necessidade
indispensável para qualquer ser.
todo ser é ser por acidente
e a vida não passa de uma batida
que de infeliz
entornou-se alegria última.
os poetas, pirrônicos, pois,
insistem em caminhar buraco a baixo
em busca de novidades acidentais
que não essas toscas capotagens
da economia possendustrial.
sempre tem uma pedra: sempre,
o meio, caminho
e a palavra, um fusca batido
que aprende-se com o tempo a
desusar.


depois do Gonçalo  M. TaVares