sexta-feira, 9 de novembro de 2012

as sombras do som

na sombra do som
aguda a mosca
'travessa o tom




longe o ritornelo
grilesco nina
insônes




nas mãos sopra
a ventuinha 
do branco 



persignam 
as letras do sol
e brilha algo
na margem da linha




sonho ébrio
de um dioniso 
pacato o poema
atravessa



versos
no fim a sombra
do sono sob o sol
insignifica qualquer
avanço pragmático




tudo não passa
de dedinscrição premetitada
  pelas                 pontas




entre sintaxes
a vida descansa 
na pausa sem pontuação




persignam
as linhas do sol 
e brilha algo 
na margem




nascem na sobra 
em tecidos de heliosons
letras sonhossoprantes

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