quarta-feira, 14 de novembro de 2012
carlos
amigo,
esta carta é para o ser que está em minha imaginação.
há algo de você nele.
o amigo
(a amizade)
é a possibilidade que dou à sua imagem de óculos
e sua caça à borboletas.
uma pessoa
é o que damos de pessoa a ela?
se assim for,
você é meu amigo
imaginário-concreto,
ambíguo,
como as volições do "quem"
e dos nomes.
sendo assim, corrijo-me:
não há algo de você nele.
ele é você mesmo
independente de quem você seja...
e se você não for meu amigo...
bom...
não vai fazer a menor diferença
porque o afeto,
antes de mim e de você,
já é,
e ele não é pessoa para se ter dúvidas do que é para si mesmo ou para os outros.
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Uma fatalidade: o homem de óculos reflete antes de seus olhos o mundo em dois pedaços de vidros que fazem outros pedaços de olhos se tornarem tão plurais quanto são os vidros que nos lêem.
ResponderExcluirUm dia, carlos me disse mesmo "Qualquer coisa, quebre o vidro"... coisa boa de ler o outro.
ResponderExcluiralguma coisa quebra o vidro
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