terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Primavera


Desvencilhou-se da casa onde morou por muito tempo, foi duro. Cada canto havia sido planejado para ter um pouco de arte, e tudo ela havia deixado. Estava muda.

O que ela podia levar dela: mudas, sendo que nem todas eram das decorativas (ela havia aprendido a valorizar outras belezas).

Veio a mudança.

A nova casa era velha.

E ela plantou as que apareciam silenciosamente pra quem vinha de longe. Sentia-se um pouco de vermelho, de amarelo, de azul. A casa não era bela, mas saborear suas sutilezas fazia parar os transeuntes, ou com muita resistência destes, seus passos apenas atrasavam, pela beleza, imprevista.

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