Desvencilhou-se da casa onde morou por muito tempo, foi duro. Cada canto havia sido planejado para ter um pouco de arte, e tudo ela havia deixado. Estava muda.
O que ela podia levar dela: mudas, sendo que nem todas eram das decorativas (ela havia aprendido a valorizar outras belezas).
Veio a mudança.
A nova casa era velha.
E ela plantou as que apareciam silenciosamente pra quem vinha de longe. Sentia-se um pouco de vermelho, de amarelo, de azul. A casa não era bela, mas saborear suas sutilezas fazia parar os transeuntes, ou com muita resistência destes, seus passos apenas atrasavam, pela beleza, imprevista.
Duro, seco e denso. Na cortina, esconderam a criança que admirava mudanças dos velhos e dos novos.
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